La vita è bella

La vita è bella

Esse ano eu realizei um dos meus grandes sonhos (quando eu digo grande, é grande MESMO) – viajar pra Italia ??

Foi a viagem de lua de mel e nós conhecemos Roma, Florença, Siena e uma cidadezinha chamada Montepulciano.

É verdade que desde o início de 2024 eu já estava com aquela sensação de mudança em mim – nosso casamento e festa estavam encaminhados, minha viagem dos sonhos também… juntou com o ano em que eu chego no tal dos 30, rs.

Não sei se foi mesmo a junção de tudo isso ou se foi algum bichinho na Italia que me pegou, mas eu ando seguindo alguns conceitos italianos que têm feito extremamente sentido ?? Por exemplo:

Il dolce far niente: a doçura de não fazer nada.

Eu sinto que desde lá atrás, talvez do meu segundo ou terceiro colegial, eu tô sempre querendo fazer muito: estudar muito, trabalhar muito, me entregar muito, ser muito. E eu conquistei, sim, muuitas coisas com esses muitos. Mas cheguei em um momento que não quero necessariamente fazer muito, ter muito, falar muito. Eu só quero ser. E uma das melhores coisas é descansar sem peso na consciência.

Festina lente: se apresse lentamente.

Assim como eu sempre me senti fazendo muito, eu também me sentia sempre com pressa. Com pressa pra entrar na faculdade, com pressa para acabar a faculdade, com pressa para começar a trabalhar, para juntar dinheiro, para emagrecer, para ter um apartamento, uma casa, a viagem dos sonhos.

Chegar “lá” ainda é um desejo. Me movimentar para conquistar tudo que ainda posso e quero ainda é uma opção. Mas nada mais de pressa, de querer tudo pra ontem.

Enfim, o “La Doce Vita”!

Aproveitar o caminho, as pequenas coisas da vida, sem pressa e contemplando todos os momentos. Esse ano, mais do que nunca, eu percebi que a felicidade não está só na realização dos grandes sonhos, mas na leveza de viver cada instante com presença, sem se preocupar tanto com o próximo passo. Viver o agora, celebrar as conquistas do presente, e, claro, deixar espaço para a doçura da vida sem pressa.

Essa mudança de perspectiva tem um ar de liberdade. Não estou dizendo que todos os meus problemas desapareceram ou que eu parei de ter ambições, mas agora eu consigo enxergar a importância de desacelerar e de saborear cada experiência que a vida me oferece. 

Entendi que a vida não é uma corrida, mas uma estrada repleta de momentos que merecem ser vividos com intenção e apreciação.

A Itália me ensinou que a beleza está nos detalhes – no café tomado com calma, na caminhada sem destino pelas ruas de pedra, na conversa despreocupada à mesa. Essas pequenas coisas, que muitas vezes passavam despercebidas no meu ritmo frenético de antes, agora são o que mais valorizo. 

E é isso que quero trazer para o meu dia a dia daqui pra frente: mais presença, mais serenidade, mais gratidão.

Ao voltar para casa, percebi que não se trata apenas de replicar a “dolce vita” italiana, mas de encontrar minha própria versão dela, aqui e agora. Vou continuar sonhando e realizando, mas com mais suavidade, aproveitando o que já conquistei, e sem me perder na pressa de alcançar o próximo objetivo. 

A vida é mesmo bela, e estou aprendendo a vivê-la de uma forma mais doce, mais leve, e mais feliz ?