Quem nunca teve uma ideia meio “fora da curva” algum dia, que atire a primeira pedra. “E se eu largasse tudo e vivesse de (música/arte/etc)?”, “e se eu juntasse um dinheiro e passasse um tempo longe de tudo/ viajando por lugares diferentes?”. Enfim, com certeza, alguma coisa nesse aspecto você já pensou algum dia.
E eu também.
Um dia, com o Gustavo, os dois pensaram: “e se a gente passassem um mês na praia?”. É claro que aqui eu faço um adendo para a minha situação privilegiada de trabalhar em casa e não depender exatamente de ir presencialmente a um escritório (e o Gustavo também). Então, desde que pensamos sobre isso, colocamos naquela caixinha de possibilidades. E ela chegou.
Não precisamos tirar férias, porque a ideia era passar mais dias na praia para aproveitar sem aquela ansiedade que geralmente vamos – torcer infinitamente para fazer sol todos os dias, ir cedinho e ficar até o final da tarde e ainda ir embora com aquela sensação de que queria uns dias a mais.
Não, a nossa ideia era “trocar” um mês normal no nosso apartamento, por um mês mais ou menos normal… na praia. E assim o fizemos. É claro que tem prós e contras, né? Antes de tudo: ficamos na praia que temos costume de ir sempre – Praia das Toninhas em Ubatuba.








Foram 4 finais de semana na praia e 24 dias no total e eu resolvi trazer minha listinha de como foi o resultado de tudo isso. Antes de tudo, como eu disse, a gente não ia na praia todos os dias e estávamos trabalhando durante a semana.
- A principal coisa é encontrar um lugar para ficar que seja confortável. O apartamento que a gente alugou era muito bom, mas tinha ar condicionado só no quarto e uma varanda média. Algumas ideias para uma próxima vez ou para quem quer ter essa experiência são:
- Talvez, escolher uma varanda um pouco maior ou até daquelas gourmet, porque nos dias que a gente não necessariamente vai à praia, a gente tem um espacinho pra aproveitar o final do dia de um jeito mais confortável.
- Ainda que não tenha varanda tão grande, quem sabe um espaço de piscina também seja bom pelo mesmo motivo – dá para aproveitar sem precisar de praia rs. (É claro que pra quem consegue alugar uma casa, a história muda de figura, mas não foi nosso caso).
- A segunda coisa é que, pelo menos na região que a gente estava, o preço das coisas era um pouco mais alto – no mercado mesmo. Então, tem que se programar porque, ainda que você use como base as compras que geralmente faz para o mês, pode ter certeza que vai gastar mais.
- A terceira coisa é que, ainda que faça tudo planejado, boa parte da rotina obviamente não vai ser igual, especialmente dependendo da região que você fique. Onde nós ficamos, por exemplo, não tinha farmácias muito perto, nem academia e nem supermercados de grandes redes. Então, compras maiores ou se precisássemos de remédio, tinha que ir para o centro. E exercício, a opção mais acessível era a tão famosa corrida/caminhada rs.
E, realmente, se você quiser fazer essa experiência, tente segurar a ansiedade – não, você não precisa ir na praia toooodos os dias porque isso vai te cansar (provavelmente).
No fim, foi uma experiência muuito boa. Quase não pegamos chuva 🥵 e conseguimos descansar, aproveitar o mar e voltar com a sensação de que foi o tempo perfeito rs. E tem mais, né? Eu realmente acho uma coisa extraordinária poder ter esse privilégio de mudar os ares de vez em quando e ter sempre um lugar para voltar. Eu sou aquela pessoa completamente dividida: amo viajar e ouso dizer dizer que ter uma viagem marcada realmente me faz levar uma vida melhor (rs). Mas eu talvez não saberia ser aquela pessoa 100% nômade, sem ter a certeza de um lugar certo onde podemos voltar.
É por isso que eu tenho que dizer para vocês…
“E se eu passasse um mês… na Itália?” 😎
Nesse período na praia, tentei me desconectar de algumas coisas, pensar mais sobre minha rotina, desejos e sonhos. Falei mais sobre isso aqui.