Relato de uma comunicadora que trabalha com redes sociais

Eu trabalho com rede social desde que me formei. Mas a verdade é que eu sempre gostei muito de “mexer” nelas e com elas.

Não sei se é aquela coisa comum dos anos 2000, mas desde muito nova eu tinha blogs, fotologs, myspace, tumblr rs

Era o meu jeito de falar do que gostava e registrar bons e inesquecíveis momentos. Não foi assim tão fora da curva que eu, inclusive, fiz Jornalismo e entrei para a era das redes sociais.

Mas é verdade que isso tem avançado de uma forma não tão verdadeira – e, pra uma garotinha que curtia escrever em seu blogspot como foi seu dia de ensaio pré apresentação de ballet, isso assusta (e mais: às vezes desanima, entristece).

Venho falando muito sobre o quanto a gente quer sobrecarregar essa presença aqui (ainda que sem fundamento) e o quanto tem gente para todo lado ditando regras sobre como ter mais visibilidade, mais curtidas, mais seguidores, mais engajamento.

Já falei nos stories também que venho ouvindo muito o podcast @pradarnomeascoisas e, revirando alguns episódios, encontrei esse: Você não é a sua rede social (ep 85).

E nele, a Naty fala sobre popularidade e relevância. Isso me pegou (assim como vários outros episódios também me pegam rs).

Até que ponto as estratégias de comunicação e marketing estão voltadas (realmente) à relevância e não apenas à popularidade? Afinal, o que é ser relevante para você? Para sua empresa? A relevância, para você, tem mesmo total relação com números aqui nas redes sociais só?

Parafraseando o que ela diz: E se você chegasse na divisão do caminho entre escolher ser popular e ser relevante? O que você escolheria? Isso pensando que, muitas vezes, ser relevante não é ser popular.

E tá aí uma pergunta que sempre me faço e que sempre (até então), tenho certeza: ser relevante, mesmo que a ideia sobre essa relevância mude com o tempo.

Até porque, a Camila lá do blogspot não escrevia para ser popular, escrevia pra compartilhar, pra explorar. E é muito triste ver como a gente tem buscado, muito mais, o popular hoje.

Como comunicadora, não consigo deixar de indagar esse tipo de coisa aos outros – e mais: como uma escorpiana extremamente sensível, também não consigo deixar de me colocar e, inclusive, escrever em primeira pessoa.

Tudo isso pra dizer que: que saudade das redes sociais como uma ferramenta de se expressar, de fortalecer o que cada um vê como relevante, sem aquela necessidade cruel de números, sentir a proximidade de pessoa pra pessoa ?

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