Reflexões sobre o vazio, a busca por validação e os pequenos grandes momentos que marcam a vida — com um toque de nostalgia e novas conquistas.
O quanto o vazio te incomoda? O quanto o silêncio te deixa inquieto? Será que isso aí é só procrastinação, ou você é que não sabe lidar muito bem com o que pensa, com o que sente e precisa se preencher o tempo inteiro com coisas externas?
Pois é. Provavelmente, a maioria de nós, na verdade, quer ser preenchido por outras coisas, outras pessoas, outros momentos sempre externos a nós mesmos. Nós temos medo do que bate dentro da gente?
Esses dias, eu estava com o Gustavo assistindo algumas entrevistas antigas. A gente tem esse costume – abrir o Youtube e pesquisar entrevistas do Programa do Jô, do Pedro Bial, especialmente com pessoas e artistas que a gente gosta muito (mas, às vezes, também tentamos nos deixar surpreender por pessoas que não acompanhamos tanto rs).
E aí que entre algumas entrevistas e outras, eu percebi uma coisa meio intrigante (alerta jornalista, né?): Alguns entrevistados mal deixam os entrevistadores falarem. Eles emendam facilmente um assunto em outro e preenchem a entrevista – não fica aquele mínimo segundo de silêncio, sabe? Aquele silenciozinho que cria uma certa expectativa ou angústia. É claro que, de uma certa forma, isso acaba se transformando em algo bom para quem está entrevistando – afinal, o assunto flui e não requer tanto de buscar coisas na “caixa mágica” rs.
Mas, alguns outros entrevistados não são nada assim. São aqueles que simplesmente respondem “sim” ou “não” ou mesmo um “é, talvez”. Eles não entram muito naqueles gatilhos que algumas vezes o entrevistador usa, por exemplo: “então, a gente ficou sabendo que você tinha costume de desenhar roupas quando era criança” (para puxar algo de curiosidade sobre a pessoa, unir pontos da sua trajetória ou qualquer coisa assim) e o entrevistado simplesmente responde algo do tipo “hm, na verdade não me lembro muito” ou “sim, realmente eu tinha” ou “ah, acho que não, não fazia muito isso, não” e fica por isso mesmo.
Não desmerecendo, de nenhuma maneira, os primeiros casos. Mas nessa “análise”, os segundos casos sempre são de pessoas que admiro muito (Caetano, Marisa Monte, Ney Matogrosso, Humberto Gessinger…). E, acompanhando todos eles por um tempo e por diversas aparições, eu acabei percebendo que eles são sempre assim – não tem aquele desespero de “preencher” o espaço, o tempo com palavras, com explicações aumentadas, etc.
E aí que eu fiquei pensando sobre isso comigo mesma: será que, na maioria das vezes, eu me comporto mais de qual maneira? Será que eu tento preencher todos os espaços vazios numa tentativa ansiosa de me provar como algo ou alguém?
Afinal, o que essa tentativa realmente significa?
Talvez seja, de alguma forma, a nossa busca por validação externa, uma necessidade de ser visto e reconhecido. Porque, se ficarmos em silêncio, se não dissermos algo o tempo inteiro, o que isso diz sobre nós? Será que estamos invisíveis? Será que o vazio de palavras nos torna “menos”? Ou será que o verdadeiro desafio está em encontrar coragem para enfrentar esse silêncio interno e dar espaço para o que ele realmente tem a nos dizer?
Eu me pergunto, em alguns momentos, se não somos condicionados a ter medo do silêncio e da pausa. Desde pequenos, aprendemos que a resposta certa é sempre imediata, que a continuidade da conversa ou da ação é o que nos mantém engajados.
A pausa, o silêncio, são vistos como um espaço de inatividade, mas talvez seja justamente aí, nesse intervalo, que mora a verdadeira essência. Onde, em vez de “preencher”, deveríamos aprender a “escutar” — a nós mesmos, aos outros, ao que o momento nos pede.
Ainda não da forma que eu gostaria, mas percebo que, sim, ao longo do tempo, tenho me permitido mais esses silêncios. E é curioso, porque quanto mais aprendo a ficar com eles, mais encontro clareza.
Tenho buscado me acostumar com uma realidade em que as respostas não precisam ser imediatas, nem sobrecarregadas de explicações. Às vezes, é no simples “não sei” ou no “vou pensar sobre isso” que encontramos mais profundidade e autenticidade do que qualquer tentativa de preencher o vazio com palavras apressadas.
E você? O que acontece quando o silêncio bate à porta?
Melhores momentos da última semana…
Dezembro já é um mês marcado por muitos compromissos, então resolvi deixar aqui alguns deles que aconteceram nos últimos dias..
Formatura do terceiro colegial da minha irmã mais nova




Enfim, acabou a jornada de nós três na escola rs. Na sexta-feira, dia 06 de dezembro, foi a festa de formatura da Lulis e agora ela entra em uma nova fase. Claro que eu me senti toda nostálgica e cheia de lembranças, né? 🥹
Vendendo minha arte 😅 no Beco das Artes


No sábado, dia 07, foi dia de feirinha pra vender minhas peças de crochê e bordado com a minha marca Entre Linhas & Agulhas. Foi sucesso! Muita gente legal, música boa, a pizza de massa de fermentação natural que eu amo, ambiente delícia e, claro, muitas vendinhas rs
Ensaia y ensaia y ensaia


Domingo foi dia de ensaiar – afinal, faltam CINCO dias pra gente dançar! Um ensaio básico de 6 horinhas. Cansada estoy, porém muito feliz e ansiosa pelo palco (sempre!). As fotos revelam: muita concentração, pézinhos doloridos mas muito amor no coração.
Livros e meu queridinho óculos

No final de semana também chegaram algumas coisinhas importantes: meus livros – quase todos da minha wishlist de livros de novembro (que tem post aqui) e meu óculos que tava desejando há um bom tempo que também tava na minha wishlist de compras de novembro (o post aqui).
Youtuber

Pois é, tô sendo fiel ao blog e ao meu canal no Youtube hein galeris? E, olha só, meu último vídeo (tour pelo apê) bateu mais de mil views e eu tô muito feliz hehe (ok que não é nada perto dos grandes canais, mas já tá ótimo pra um começo). Se você ainda não viu, bora aqui.
É isso gente, 2025 tá quase aí, mas ainda temos Wishlist de compras de Dezembro, Wishlist de Livros de Dezembro e, no Youtube, vai ter vlog de semana pré festival, vlog no festival (espero) e resenha das últimas leituras antes de 2025!
Ah, se você chegou até aqui, não esquece de dar seu feedback, deixar seu comentário pra me deixar feliz e confiante de continuar hehe beijos e até o próximo #textodacamis!